Eu lembro de tudo, talvez seja esse o problema. Eu lembro de todas as promessas, todas as juras, de amor ou ódio. Ele lembro de todas as brigas e discussões, mas eu também lembro daquela vez, na padaria da esquina da sua casa, quando você me olhou nos olhos a primeira vez... Lembra?
Eu também lembro da vez que brigamos naquele dia chuvoso de um domingo e depois, na segunda ensolarada, fizemos as pazes.
Eu lembro no primeiro beijo, mas também lembro do primeiro tapa.
Lembro do dia em que disse que não queria mais ninguém além de mim, e lembro também da vez em que disse que queria qualquer uma menos eu.
As vezes as lembranças mais doem do que alegram, mas o que seria da vida se fosse tão facil viver? O que haveria de diferente no amor se todos amassem igual? Quem viveria tão feliz a ponto de não saber o que é sofrer? Mas o mais importante, quem viveria tão facil ao ponto de saber que todos amam igual, sem sofrer, sem sofrer por amor?
A vida tem desses questionamentos, o mais difícil é saber que eu sempre vou lembrar de tudo, tanto dos questionamentos quanto das memorias vazias que sempre fantasiei em ter.
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